Pesquisar este blog
domingo, 1 de janeiro de 2012
Arte Marajoara
Todo o processo da produção de peças em cerâmica começa com a coleta do barro às margens dos rios. Este passa por uma limpesa para que fique livre de folhas e pequenos galhos. Depois passa por um processo para a retirada do ar, de modo que fique o mais uniforme possível. Daí, são modeladas as peças, indo a seguir à secagem ao ar livre, na sombra, por até uma semana. Só então são executados os desenhos, polidos, pintados e levados ao forno em uma temperatura altíssima, em torno de 850c. Assim, a peça está pronta!
A cerâmica Marajoara foi descoberta em 1871 por dois pesquisadores, em visita à Ilha do Marajó: Charles Frederick Hartt e Domingos Soares Ferreira Penna. O estudo sobre a cerâmica na Ilha ganhou impulso à partir do fim da década de 1940, com a chegada à Ilha do casal de pesquisadores Betty Meggers e Clifford Evans.
Desenvolvida pelos índios Marajoaras ou Nheengaíbas, habitantes da Ilha do Marajó, no período pre colonial de 400 a 1.400 dC. A arte se destaca em 4 fases, por ter passado por sucessivas fases de ocupação da região. Cada uma delas com uma cerãmica característica:
1- Fase Ananatuba (a mais antiga- 980 a 200 aC)- Eram peças com traçados e incisões com sombreados.
2- A fase Mangueiras (eram peças pequenas, usadas como utensílios de cozinha)
3- A fase formigas (100 a 400 a.C., considerada a mais pobre, não encontrando-se características a fim de enquadrá-la em um estilo)
4- A fase Marajoara (200 a 690 d.C., fase do apogeu, exuberancia e variedade da decoração. Foi a época de um povo que chegou à Ilha, viveu seu apogeu e entrou em decadencia)
5- A fase Aruã (fase da cerãmica simples, foram introduzidos relevos à cerâmica, produzindo também estatuetas, bancos e tangas, que representavam o simbolo da fertilidade, usadas pelas mulheres em rituais religiosos.
Hoje, o distrito de Belém chamado de Icoaraci é um dos amiores produtores de peças em cerãmica. Com inúmeras fábricas e um centro de exposições, onde as peças são demonstradas em quiosques na orla da do distrito.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que Post Fantástico!
ResponderExcluirAmiga:
Um artigo de grande relevância sócio-cultural... Muito bem construído!
Sou um admirador desse patrimônio... uma das maiores riquezas da Ilha de Marajó e de todo o povo da região.
Parabenizo-a pela pesquisa para poder nos apresentar mais um texto de conteúdo e qualidade.
Valeu a pena conferir!
Parabéns por mais um excelente post!
Abraços,
LISON COSTA