domingo, 22 de janeiro de 2012

Olho de Boto, o talismã da Amazônia

É comum encontrar-mos na feira do Ver-O-Peso, em Belém do Pará, olhos de botos, secos, que são usados como amuletos. Uma prática não muito saudável, mas que faz parte da cultura de algumas regiões do Pará e Amazonia. Agride os princípos de preservação dos animais, levando-nos a pensar até que ponto se deve divulgar esse hábito. Se diante da mente daqueles que usam e aderem é uma coisa tão natural? Se é fruto de ignorancia e do medo do desconhecido, do sobrenatural. Como condenar a prática daqueles que sequer tem acesso à informações? Se cresceram acreditando naquilo que lhes foi apresentado até o momento de seu maior entendimento das coisas da vida?
Os botos são caçados, os olhos arrancado e usados como amuletos! Para muitos, é um massacre! Para eles é a esperança de bons acontecimentos em suas vidas, é proteção contra as coisas ruins. Mas muitos são conscientes, eles não! Fazer o que? recriminar? Repreender? 
Cultura é raiz e tudo que está enraizado não se arranca do dia para a noite.  Não se pode arrancar aquilo em que uma determinada comunidade acredita. Mas se pode educar! E isso é um processo a longo prazo que requer paciencia, confiança e um projeto sério.
Enquanto isso, presenciamos o massacre de um grande número de botos indefesos, dos quais são tirados os olhos e orgãos sexuais. Ambos usados como amuletos. A informação e conscientização quanto a extinção desses animais é fundamental para que essa prática um dia chegue ao fim e esses animais possam viver em paz.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

As fantásticas Guerreiras Amazonas


As Amazonas terim vivido em uma região onde hoje está localizada parte da Turquia, proximo à costa do Mar Negro. Amazõn é a forma Jônica para a palavra ha-mazon de origem iraniana, cujo significado é ``lutando junto`` e ama, que, segundo a escritora Heide Gottner, revela a raíz cujo significado é ``mãe`` na língua local dos mosos. Teriam formado um reino independente sob o governo de uma rainha, das quais a primeira teria se chamado Hipólita (égua solta indomada). De acordo com o dramaturgo Ésquilo, num passado distante as Amazonas teriam vivido na Citia, no Palus Maeotis (lago Meótis, atualmente Mar de Azov). Porém teriam se mudado posteriormente para Temiscira, no rio Termodosnte (atual terme, no norte da turquia).
As Amazonas, segundo algumas versões do mito, nenhum homem podia ter relações sexuais ou viver na comunidade amazona; porém uma vez por ano, as Amazonas visitavam os Gargáreo, tribo vizinha, para que pudessem preservar a sua raça da extinção. As crianças que nasciam com o sexo masculino, ou eram sacrificadas ou entregues a seu pai. Sá as meninas eram preservadas e treinadas para a caça, as práticas agrícolas e a guerra. Na história brasileira, elas confeccionavam pequenos talismãs, feitos de um tipo de pedra verde em forma de sapo, conhecido como muiraquitã, os quais presenteavam aos genitores dessas crianças.
Pesquisa tem sido intensas no sentido de se comprovar a existencia dessas guerreiras.
EM 1540, o aventureiro hispanico Francisco Orellana, participou de uma jornada exploratória na América do Sul. Segundo a lenda das Amazonas, ele tyeria avistado no reino das pedras verdes, mulheres semelhantes às descritas acima. Conhecidas pelos indígenas como Icamiabas (mulheres sem marido).
Altas, brancas, cabelos compridos. Dispostos em tranças dobradas no topo da cabeça. Descrição feita pelo Frei Gaspar de Carnival, escrivõ da frota.
Segundo relatos desses homens, a esquadra teria sido atacada por essas guerreiras numa luta feroz, na foz do rio Nhamundá, localizada na fronteira do Amazonas com o Pará. Derrotados pelas belas guerreiras, só lhes restou a fuga. No caminho de volta, encontraram um indígena que lhes contou a história das guerreiras. Segundo o indígena, eram em torno de setenta aldeias, edificadas em pedras e comandadas por uma cunhã virgem, que nunca havia tido contato físico com homens.
Ouvindo essa história, os Espanhóis então, confundindo com as amazonas descritas pelos gregos, resolvem batizar o rio onde as encontraram de Las Amazonas, antes conhecido como Mar Dulce.
É provável que os Espanhóis ao se depararem com selvagens de cabelos compridos, pensaram ter encontrado as famosas Amazonas citadas em relatos antigos da Grécia. Daí a confusão acabou dando o nome a um dos maiores rios e maior estado brasileiro.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Arte Marajoara


Todo o processo da produção de peças em cerâmica começa com a coleta do barro às margens dos rios. Este passa por uma limpesa para que fique livre de folhas e pequenos galhos. Depois passa por um processo para a retirada do ar, de modo que fique o mais uniforme possível. Daí, são modeladas as peças, indo a seguir à secagem ao ar livre, na sombra, por até uma semana. Só então são executados os desenhos, polidos, pintados e levados ao forno em uma temperatura altíssima, em torno de 850c. Assim, a peça está pronta!


A cerâmica Marajoara foi descoberta em 1871 por dois pesquisadores, em visita à Ilha do Marajó: Charles Frederick Hartt e Domingos Soares Ferreira Penna. O estudo sobre a cerâmica na Ilha ganhou impulso à partir do fim da década de 1940, com a chegada à Ilha do casal de pesquisadores Betty Meggers e Clifford Evans.
Desenvolvida pelos índios Marajoaras ou Nheengaíbas, habitantes da Ilha do Marajó, no período pre colonial de 400 a 1.400 dC. A arte se destaca em 4 fases, por ter passado por sucessivas fases de ocupação da região. Cada uma delas com uma cerãmica característica:
1- Fase Ananatuba (a mais antiga- 980 a 200 aC)- Eram peças com traçados e incisões com sombreados.


2- A fase Mangueiras (eram peças pequenas, usadas como utensílios de cozinha)
3- A fase formigas (100 a 400 a.C., considerada a mais pobre, não encontrando-se características a fim de enquadrá-la em um estilo)
4- A fase Marajoara (200 a 690 d.C., fase do apogeu, exuberancia e variedade da decoração. Foi a época de um povo que chegou à Ilha, viveu seu apogeu e entrou em decadencia)

5- A fase Aruã (fase da cerãmica simples, foram introduzidos relevos à cerâmica, produzindo também estatuetas, bancos e tangas, que representavam o simbolo da fertilidade, usadas pelas mulheres em rituais religiosos.
Hoje, o distrito de Belém chamado de Icoaraci é um dos amiores produtores de peças em cerãmica. Com inúmeras fábricas e um centro de exposições, onde as peças são demonstradas em quiosques na orla da do distrito.