quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sementes, pra que te quero?


  O tucumã é uma fruta de palmeira natural da Amazônia que chega a alcansar 10 metros de altura. Sua polpa tem a cor laranja e é fibrosa, com um sabor meio salgado e alguns bastante doce. É comum encontrar a palmeira, em mercados da região e em terrenos alagados. Bastante rico em vitamina A, seu fruto também é usado na culinária local em forma de sorvetes, cremes e até sanduiches.

                                                                    Imagem Google
      O caroço do tucumã, de cor preta, é muito utilisado para confeccionar aneis, pulseiras e colar. Quando criança, o paraense que vive em regiões onde se encontra a fruta com mais facilidade, já tem o primeiro contato com as artes, onde aprende a confeccionar o anel de tucum, como é conhecido pelos ''curumins'', pura brincadeira para a criançada. Mas há uma infinidade de bijuterias feitos dessa semente.
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 Mesclando o material com outros mais requintados, nascem assim jóias exclusivas com um toque nativo amazônico.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tucunaré

Tucunaré, do Tupi "tucun" (árvore) e "aré" (amigo) ou amigo da árvore. Encontra-se nos rios da America do Sul, especialmente no Brasil e tem outros nomes secundários. Os tucunarés são peixes de médio porte com comprimentos entre 30 centímetros e 1 metro e sua marca registrada é um ocelo redondo e escuro na cauda que se assemelha a um olho, vivem em lagos, lagoas e rio e são sedentários preferindo essas águas paradas e lentas. Se alimentam de qualquer coisa que se movimenta e perseguem suas presas até conseguir alcansá-la. Dormem rente ao chão e apenas quando está escuro. Quando o rio fica cheio com água turva ele ataca os peixinhos apenas para se defender e não para comê-los. Pode atacar seus próprios filhotes quando não o reconhece, mas ao crescerem mais e aparece a mancha redonda na cauda não há mais canibalismo. As femeas depositam seus ovos em uma espécie de ninho feito com pedras e o macho fica sempre por perto para defendê-los de ataques de intrusos. Os alevinos são protegidos pelos pais até dois meses de idade.
Existem cerca de 14 espécies de tucunaré. Na Amazônia sua carne é apreciada em caldeiradas com ou sem tucupí e jambú; assado de forno ou na brasa.
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Caldeirada de Tucunaré

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  • 120 ml de azeite
  • 2 unidade(s) de tomate em pedaços grandes
  • 1 unidade(s) de cebola em pedaços grandes
  • 1 maço(s) de cheiro-verde picado(s)
  • 0,2 folha(s) de alfavaca
  • 200 gr de farinha de mandioca crua
  • quanto baste de pimenta de cheiro
  • 1 unidade(s) de tucunaré
Coloque os tomates, a cebola, o cheiro verde, uma pimenta de cheiro amassada e 70 ml de azeite em uma panela com 3 litros de água e leve ao fogo. Limpe o tucunaré e corte em pedaços e lave bem com limão.
Coloque a farinha em uma panela e encharque-a com 30 ml de azeite e reseve. Quando a água estiver fervendo, coloque os pedaços de tucunaré deixando no fogo até levantar a fervura novamente.
Coloque a panela com farinha no fogo e acrescente a água do peixe mexendo sempre para não embolar, até formar um pirão macio e consistente. Esprema em uma molheira, de 6 a 10 pimentas de cheiro e acrescente a água do peixe para fazer o molho. Se quizer acrescente dois ovos cozidos e batatas cozidas.
 
OBS: Se você tiver uma pimentinha de cheiro, seu prato vai ficar mais saboroso, isto é, se você gostar de pimenta.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Nunca é tarde para recomeçar

          Vou começar o ano de 2013 contando uma história que à princípio pode parecer triste, mas olhando para a frente, e é para frente que se anda, o aprendizado e as lições tiradas dessa história podem ser compensadoras.
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          Sandra viveu um mundo de sonhos e de fantasia. Sim, porque quem forma um mundo com regras próprias, ignorando a existencia daqueles que o rodeam, não está com os pés totalmente fincados no chão. E sua vida era assim: - vivia com seu marido e três filhos. Casou muito nova, com seu primeiro amor, seu primeiro homem e seu primeiro tudo. Sempre teve sua vida conduzida por ele, passando anos de sua vida sendo reprimida nas suas mais simples vontades. Foi impedida de estudar, um de seus maiores sonhos. Primeiro por causa da chegada dos filhos, depois pela proibição do marido. Só saia acompanhada por ele, evitava cumprimentar homens, até mesmo em eventos, como um casamento. Se teimasse, era um motivo para birras por parte de seu marido. Pior que isso, ele não brigava, não falava nada, simplesmente se trancava. Ela já o conhecia o suficiente para saber o motivo daquele silencio. Nunca saiam com outras pessoas, nem mesmo irmãos dele ou dela. Viviam assim, isolados em seu mundo, só eles e os filhos. Quando arranjavam amigos, estes logo se afastavam quando percebiam a forma como viviam. Ela achava que aquilo era normal, que ele agia assim por ciume e por amá-la. Apesar de não poder fazer muitas coisas que tinha vontade, Sandra se sentia feliz ao lado daquele homem e por muitos anos viveu assim. De vez em quando queria reagir, sentia-se sufocada, tentava mostrar a ele que ela tinha seus sonhos, que não tinha nada demais estudar, trabalhar, fazer caminhadas e outras coisas que qualquer pessoa que viva de uma forma normal faz. Mas ele era taxativo, não aceitava diálogo nesse sentido. Sua mulher tinha que andar ao seu lado e ao lado de seus filhos e tinha que agir de acordo com o seu conceito de moral. Seus filhos cresceram, casaram e se foram...seu marido também se foi! E agora?
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          Eu fui uma das poucas amigas que resistiram àquele estranho relacionamento, ouvia suas queixas e sua insatisfação por causa das atitudes do marido. Mesmo assim ela não queria perdê-lo, só queria que ele a compreendesse, apesar de tudo era um bom marido e um bom pai, não deixava faltar carinho, comida, roupa e tudo o que ela precisasse. Mas o amor que ele disse que sentia acabou no momento em que ela começou a insistir em estudar, a sair daquele isolamento em que viviam, a querer caminhar com suas pernas. E ele foi radical, disse a ela que a deixaria, que já não sentia mais nada. Nem amor, nem tesão! Será que isso era amor? Ele dizia que sim,  Mas que raio de amor é esse que só existiu enquanto ela o obedecia, enquanto ela vivia só para ele, seus filhos e em seu mundinho? Aquele ''amor'' que parecia estar acima de tudo e de todos acabou. Todos que conheciam a história daquele casal ficaram perplexos, acabou mesmo!
          Agora Sandra tem que aprender a viver sem aquele amor que acreditava ser inabalável, verdadeiro e único. Ainda viveram quase dois anos morando na mesma casa, mas separados. Seu presente de fim de ano foi um adeus! As lágrimas acabaram. Não há mais conserto para seus erros, sim, porque ela também os cometeu, é humana. Agora está só, reunindo forças para encontrar seu chão. Se apoiando em Deus e nas poucas amigas que restaram. Voltou a estudar e tem ouvido conselhos para que olhe para a frente. É uma nova vida que ela vai ter que se adaptar. É como se estivesse acabado de nascer, onde vai crescer e aprender a caminhar sozinha. Nada fácil, mas nada impossível também. Muitas vezes as pessoas que amamos passam em nossas vidas, mas as lições ficam.